O PIB brasileiro cresceu 1,4% no 1º trimestre de 2025, puxado principalmente pela agropecuária, que disparou 12,2% graças à safra recorde de grãos, especialmente soja e milho.
Apesar do bom resultado, analistas preveem desaceleração nos próximos trimestres. Os motivos:
Por que o fôlego deve diminuir?
- Agro perde força: A safra recorde é sazonal e não deve se repetir no segundo semestre.
- Indústria fraca: Caiu 0,1%, mostrando sinais de estagnação.
- Serviços crescendo pouco: Subiu só 0,3%, ritmo bem abaixo de períodos anteriores.
- Setor externo piora: Importações (+5,9%) superaram exportações (+2,9%), reflexo de mais consumo interno, mas também de perda de competitividade.
- Cenário fiscal incerto: O impasse sobre o aumento do IOF e riscos de novos cortes no orçamento aumentam a insegurança dos investidores.
- Juros ainda altos: Dificultam crédito, consumo e investimento privado.
Dado positivo:
- Investimentos subiram 3,1%, mas por causa de uma plataforma de petróleo importada da China, ou seja, foi um efeito pontual, não estrutural.
- Consumo das famílias avançou 1%, sustentado pela renda e emprego ainda fortes.
Conclusão dos economistas: O bom começo de 2025 não deve se repetir no restante do ano. A tendência é de crescimento mais fraco e risco de estagnação, caso não haja melhora no ambiente fiscal e nos custos de crédito.