‘Nem a população de Israel quer esse conflito, é um genocídio’ Chefe do Executivo discursou no encerramento do congresso nacional do PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin. Administrador de Recife, João Campos, assumiu a liderança da sigla durante o encontro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar, neste domingo (1º), os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza e a ampliação dos complexos israelenses no território palestino.
Segundo o mandatário, “nem a população de Israel quer esse conflito”, que, segundo ele, caracteriza-se como um “genocídio”.
Lula falou durante a cerimônia de encerramento do congresso nacional do PSB, no qual o administrador de Recife, João Campos, foi oficializado como novo dirigente da agremiação.
Durante sua declaração, ele leu um comunicado do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), criticando a ampliação dos complexos israelenses na região.
“O governo brasileiro condena, nos termos mais enfáticos, o anúncio feito pelo governo de Israel, no dia 29 de maio, sobre a autorização de 22 novos complexos habitacionais na Cisjordânia, área que integra o território do Estado da Palestina”, diz o comunicado, lido pelo presidente.
Ele prosseguiu: “O Brasil repudia as constantes iniciativas unilaterais adotadas pelo governo israelense, que, ao impor condições semelhantes à anexação de territórios palestinos ocupados, prejudicam a viabilidade da implementação da solução de dois Estados”.
“E reafirma, ainda, seu compromisso histórico com a criação de um Estado da Palestina soberano e viável, convivendo em paz e segurança ao lado de Israel, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”, conclui o texto.
A manifestação foi acompanhada por gritos de “Palestina livre”, inclusive da primeira-dama, Janja da Silva.
“A maioria da comunidade judaica não apoia esse conflito. A população de Israel não quer essa guerra. Essa ofensiva é uma retaliação de um governo contrário à possibilidade da criação do Estado Palestino. Por trás desse massacre, sob o pretexto de combater o Hamas, existe, na verdade, a intenção de assumir o controle e se apropriar do território de Gaza”, declarou Lula.
“O que estamos presenciando é uma força militar altamente treinada exterminando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Eu sei que há quem não goste, mas digo aqui no PSB: isso não é um conflito, é um genocídio”, reforçou.