O surgimento do DeepSeek pode não representar uma ameaça tão grande quanto inicialmente sugerido pelos mercados.
O lançamento de novos modelos de inteligência artificial (IA) pela startup chinesa DeepSeek, capazes de rivalizar com os desenvolvidos pelas principais empresas tecnológicas dos Estados Unidos, agitou os mercados nesta segunda-feira, levantando preocupações sobre se as empresas norte-americanas poderiam perder a liderança na corrida pela IA para os concorrentes chineses.
Na semana passada, a DeepSeek apresentou o seu modelo de IA R1, que, segundo a empresa, é entre 20 a 50 vezes mais barato de operar do que o modelo o1 da OpenAI, criadora do ChatGPT, dependendo da tarefa. Esta informação foi partilhada numa publicação oficial no WeChat.
O assistente de IA da DeepSeek, baseado no novo modelo DeepSeek-V3, superou o ChatGPT e alcançou o topo da App Store da Apple. A empresa afirma que o modelo foi treinado com menos de 6 milhões de dólares em poder computacional, utilizando cerca de 2.000 chips Nvidia H800, para alcançar um desempenho equivalente aos modelos mais avançados da OpenAI e da Meta. Além disso, na segunda-feira, a startup lançou uma versão atualizada do seu modelo de geração de imagens, chamado Janus-Pro.
Os avanços relatados pela DeepSeek, que incluem a utilização de menos chips e a custos mais baixos do que os gastos dos concorrentes norte-americanos, desencadearam vendas massivas nos mercados e levantaram debates sobre se a empresa chinesa poderia estar a desafiar a liderança tecnológica dos EUA na corrida pela IA.
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